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Bebê de um ano e seis meses morre nos braços da mãe após sair de UPA duas vezes em 72 horas

Bebê morre nos braços da mãe após sair de UPA duas vezes em 72 horas

Apesar da criança ter morrido 40 minutos após ser liberada em Mococa, a prefeitura alegou que o atendimento clínico foi prestado ao menino. Causa da morte é investigada.


Bebê Theo Souza, de um ano e seis meses, foi atendido por duas vezes entre sexta (12/7) e domingo (14/7), quando morreu na porta da UPA


Um bebê de um ano e seis meses morreu após ser liberado duas vezes da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Mococa (SP).


A mãe da criança procurou atendimento médico na sexta-feira (12) e no domingo (14) após o filho ter dor na garganta, falta de apetite e fraqueza.


Theo Souza morreu nos braços da mãe cerca de 40 minutos depois de ser liberado da UPA no domingo.


O corpo dele foi encaminhado para autópsia e o resultado com a causa da morte deve sair em 30 dias. (Entenda abaixo a cronologia do caso.)


Em nota, a Prefeitura de Mococa lamentou a morte e disse que o "atendimento clínico foi prestado, inclusive com a realização de exame e prescrição de medicamentos pelos profissionais que atenderam o paciente".


As identidades dos médicos que atenderam o menino não foram divulgadas. (Veja abaixo o posicionamento completo.)


Camila Souza, mãe da criança, alegou que o médico responsável pelo atendimento no domingo ignorou as queixas apresentadas e desdenhou da doença do menino.


"Ele [médico] fez a receita e meio que debochou da minha cara dizendo que o médico era ele e que era aquele o remédio que ele tinha que tomar. Se ele tivesse me ouvido, ouvido todas as queixas que eu disse, poderia ter evitado a morte do meu filho", lamentou.


"E agora, como que faz? Eu não tenho o meu filho que é a coisa mais importante da minha vida".

Veja como foram os 2 atendimentos:



Sexta-feira, 12 de julho: A mãe levou o criança à UPA com dor de garganta. O médico plantonista diagnosticou a criança com estomatite e a medicou;


  • Sábado, 13 de julho: A criança continuava amuada, mas a mãe optou por não levá-la à UPA já que o médico tinha dito que o caso era viral e que iria melhorar;


  • Domingo, 14 de julho: Como a criança não se alimentava e estava fraca, a mãe resolveu levá-la novamente até a UPA.


Durante a consulta, ela disse que o menino tinha sido diagnosticado com estomatite, mas que o menino estava cansado.


A mãe disse que o médico que o atendeu ouviu o pulmão, pediu um raio-x e viu que a criança estava com secreções no pulmão. Foi receitado um antibiótico.


A mãe questionou o profissional que a criança estava gelada e disse que ele respondeu que era para colocar blusa no menino que ele estava com frio.


A mãe contou que pediu para o médico dar soro para a criança, o que foi negado. Ela também pediu antibiótico injetável, o que também foi negado pelo médico.


Após ser liberada da UPA, enquanto esperava a carona de uma irmã, o menino morreu.


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