Uma mulher, gerente de um restaurante no Mangabeira Shopping, em João Pessoa, morreu após ter sido baleada enquanto trabalhava, no início da tarde sexta-feira (12).
O suspeito, Luiz Carlos Rodrigues dos Santos, também chegou a fazer reféns no local e se entregou após negociação com a polícia.
Segundo a polícia, a mulher se chamava Mayara Valeria Barros, tinha 37 anos e trabalhava no restaurante há poucos meses.
A vítima recebeu os primeiros atendimentos na enfermaria do shopping, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Além de ter atirado na gerente, o homem fez dois reféns.
A Polícia Militar informou que o suspeito disse que a ação teve motivação pessoal, após ter sido rejeitado em uma entrevista de emprego.
"Segundo ele, a gerente tinha dito que com uma semana ele receberia a resposta.
Foi passando o tempo e aí ele tentando ligar para ela e ela não atendia.
Ninguém dava uma resposta.
Se ele tinha sido aprovado ou não", explicou o coronel Marcos Benevides, que participou da negociação com o suspeito.
O policial explicou que o Luiz Carlos relatou que se sentiu discriminado por ser pobre.
"Ele diz que está desempregado, está sendo despejado daqui.
Casa onde ele paga o aluguel, não tem a menor condição, e se sentiu discriminado por não ter uma resposta.
E hoje, quando ele acordou, ele se sentiu diferente com aquele desejo de matar a mulher, a gerente.
Quem conversou com ele viu que ele não estava em sã consciência.
O que ele falava era algo assim de alguém que não estava normal", disse.
De acordo com informações do delegado André Macedo, da Polícia Civil, o suspeito planejou durante a semana a ação no shopping.
Ele já tinha a arma há algum tempo, segundo a polícia.
O suspeito vai responder por homicídio, tentativa de homicídio contra policiais, homicídio qualificado por motivo fútil e ainda há análise para colocar outras qualificadoras.
A polícia apreendeu o revólver 38 usado no crime, além de 38 munições intactas e seis deflagradas.
Mayara foi atingida por dois tiros.
Tiro e reféns em shopping
Após duas pessoas terem sido feitas reféns e negociação com o Grupo de Operações Táticas (Gate) da Polícia Militar, o suspeito se entregou à Polícia Militar.
A gerente foi atingida nas costas.
Ela morreu no local quando recebia os primeiros atendimentos.
Segundo a Polícia Militar, o suspeito disse que fez uma entrevista de emprego no estabelecimento do shopping, não obteve êxito e nenhuma outra resposta e sentiu-se menosprezado.
Uma testemunha que estava em uma academia no momento informou ao g1 que o shopping foi fechado e as pessoas impedidas de sair, para que a polícia pudesse conter o suspeito que estava armado.
O Mangabeira Shopping emitiu uma nota em solidariedade à "perda irreparável" de Mayara e informou que o shopping vai permanecer fechado nesta sexta-feira (12) e só volta a abrir no sábado (13).
"Expressamos a nossa solidariedade à família de Mayara e estamos oferecendo todo o suporte necessário à sua familia neste momento tão difícil", diz a nota.
Inicialmente, as informações no local eram de que a mulher estava grávida, mas o marido dela confirmou à polícia que ela não estava grávida.
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