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Jovem de 24 anos marca encontro por APP e é encontrado morto por amigos.

JOVEM MARCA ENCONTRO POR APP, E É ENCONTRADO MORTO POR AMIGOS



Após a morte do jovem Leonardo Rodrigues Nunes, aos 24 anos, no Sacomã, zona sul de São Paulo, surgiram nas redes sociais relatos de pessoas que também marcaram encontros por meio de um aplicativo de relacionamento gay no bairro e passaram por situações de risco. Leonardo foi encontrado morto na quinta-feira ( 13/6) após sair para encontrar um homem que havia conhecido no Hornet.



Ele saiu de casa, na região do Cambuci, centro da capital, por volta das 23h da quarta (12/6), Dia dos Namorados.


O rapaz chegou a compartilhar a localização com um amigo por precaução, além de ter avisado um possível horário para retorno.


Como Leonardo parou de responder mensagens, os amigos dele começaram a buscar o perfil do homem que havia marcado o encontro com a vítima e perceberam que ele havia sido apagado.


O jovem foi encontrado pelos amigos na manhã seguinte no Hospital Ipiranga, já sem vida, e foi reconhecido por meio de fotos.


A família e os amigos apontam crime de ódio e homofobia.


"Se fosse roubo, custava só roubar, já que é isso que quer? Nada disso vale uma vida", afirma Evelyn Andrade, amiga de Leonardo.


"Ele morreu porque ele era gay.



A gente está vivendo em um mundo de ódio.


Mas é um ódio que é direcionado.


Você não vê ódio contra héteros, você não vê ódio contra brancos ou contra ricos.


Você vê ódio contra preto, pobre e contra gays", afirma o pai da vítima.


"Isso não pode continuar. Hoje foi o meu filho, amanhã é o filho de quem? Quantos mais Leos a gente vai precisar perder?" questiona a mãe do rapaz.


O corpo de Leonardo foi velado neste sábado (15), no Cemitério Parque dos Pinheiros, na Vila Nova Galvão.


Em nota, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) informou que ele foi baleado e levado até o pronto-socorro do Hospital Ipiranga, onde morreu.


"Foram solicitados exames ao IC e ao IML."


Pelo site da plataforma, a empresa inclui dicas de segurança para os usuários e um email pelo qual os usuários podem denunciar casos.


No entanto, não possui informações sobre verificação de perfis na plataforma.


A reportagem também procurou o Grindr, um outro aplicativo para relacionamento gay, para comentar sobre a verificação de usuários da plataforma, mas não teve retorno.



Pelo site, a empresa alega que "não controla nada do que nossos usuários fazem ou dizem.


Você é o único responsável pelo uso dos serviços da grindr e pelas suas interações com outros usuários (dentro ou fora dos serviços da Grindr).


A Grindr não faz declarações ou fornece garantias quanto à conduta, a identidade, as intenções, a legitimidade ou a veracidade de qualquer usuário".



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