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Enfermeira de 36 anos que estava desaparecida desde 17 de junho é encontrado morta em uma área de mata de difícil acesso

O corpo da enfermeira Pâmela Helena Barbosa de Freitas de 36 anos, natural de Piracicaba e residente em São Carlos foi encontrado pela própria irmã na manhã deste sábado (5) em uma área de mata de difícil acesso no bairro Prolongado Medeiros em São Carlos.
 
Pâmela estava desaparecida desde o dia 17 de junho, mobilizando intensas buscas por parte da família e da Polícia Civil.
 
O achado do corpo encerra semanas de incertezas para a família da enfermeira.
 
Desde o seu desaparecimento a Polícia Civil por meio da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) investigava o caso que inicialmente foi registrado como desaparecimento.
 
Detalhes da investigação
 
Pâmela que estava afastada do trabalho em um hospital particular há cerca de um mês para tratar um quadro de depressão fez o último contato com sua irmã em 17 de junho.
 
Uma gravação de câmera de segurança,obtida pela família mostrou a enfermeira em uma loja de conveniência na Rua Desembargador Júlio de Farias por volta das 6h do dia 18 de junho.
 
Nas imagens ela aparece comprando um refrigerante e o que parece ser uma caixa de fósforos, pagando com cartão e saindo em seu veículo, um Jeep Renegade branco.
 
O carro da enfermeira foi posteriormente encontrado abandonado ao lado de uma área de mata no Jardim das Torres, também em São Carlos.
 
A irmã de Pâmela que reside em Piracicaba revelou à TV Metropolitana que o apartamento da enfermeira foi periciado e que a família solicitou a análise do veículo.
 
Irmã de enfermeira relata momento em que encontrou o corpo em mata: "Segui minha intuição"

A própria irmã da vítima, Tatiana de Freitas Siviero, foi quem localizou o corpo, após entrar na mata movida pela intuição, como relatou nas redes sociais. Ela agradeceu às pessoas que participaram das buscas e prestou uma homenagem comovente à irmã.

“Te carreguei quando você nasceu e carrego hoje quando te encontrei e você nos deixou. Te amo, minha criança”, escreveu Tatiana.

Em vídeo publicado, ela contou que os cães farejadores do Corpo de Bombeiros encerraram as buscas por volta do horário de almoço. Foi então que decidiu entrar sozinha na mata. “Eu entrei, segui minha intuição, fui me embrenhando e senti cheiro de cipó podre, de carne humana. Minha intuição falava ‘vai, vai’. Eu falei: quando eu pego alguma coisa, eu vou até o final. Quando o cheiro ficou mais forte, eu achei a minha irmã”, relatou, emocionada.

Tatiana afirmou que o corpo de Pâmela estava em estado de decomposição e que, apesar da dor, sentiu alívio por poder dar à irmã um enterro digno. “Ela cometeu o suicídio. Ele estava ali perto de mim, eu gritei imediatamente. Falei: ‘Pâmela, eu ia te achar. Agora você vai ter um descanso’”.

Em meio ao sofrimento, a irmã agradeceu o apoio das pessoas e fez um alerta sobre os perigos da depressão. “Foi uma excelente profissional, só tinha elogios dela na enfermagem. Mas a depressão não é brincadeira. A depressão vem e leva”, disse.

Procure ajuda

Procure ajuda Caso você tenha pensamentos suicidas, procure ajuda especializada como o CVV (www.cvv.org.br) e os Caps (Centros de Atenção Psicossocial) da sua cidade. O CVV funciona 24 horas por dia (inclusive aos feriados) pelo telefone 188, e também atende por e-mail, chat e pessoalmente. São mais de 120 postos de atendimento em todo o Brasil.